
CPF agora é documento único no Brasil: entenda por que seu RG vai perder validade até 2032
A nova lei determina que o CPF será o único número de identificação no Brasil. O RG deixará de valer até 2032, e milhões de brasileiros terão que se adaptar para evitar dificuldades no acesso a serviços essenciais.
Com a Lei nº 14.534/2023, o CPF passa a ser o principal documento de identificação do país. Assim, tanto órgãos públicos quanto privados vão pedir apenas esse dado, reduzindo a necessidade de apresentar diferentes documentos.
Essa mudança tem como objetivo simplificar processos e aumentar a segurança, porém também exige atenção dos brasileiros para manter seus dados atualizados e o CPF regularizado.
Por que o CPF se tornou documento único
O desejo de unificar os sistemas de identificação existe desde o pós-guerra. Antes, uma pessoa podia ter vários números de RG em estados diferentes, abrindo espaço para fraudes e dificultando a integração dos sistemas públicos.
Com a nova legislação, todos os órgãos governamentais usarão apenas o CPF. Essa unificação facilita o cruzamento de dados nas áreas de saúde, educação, finanças e programas sociais. A proposta é tornar a vida do cidadão mais simples e a administração pública mais eficiente.
A transição para a Carteira de Identidade Nacional
Essa mudança será gradual. Até 2032, o RG continua aceito, mas aos poucos será trocado obrigatoriamente pela CIN, já disponível desde 2022. A nova carteira usa o CPF como registro único e pode contar com outras informações, como tipo sanguíneo e título de eleitor.
Além disso, a CIN elimina duplicidades e tem validade nacional.
Impactos nos serviços públicos
Com o CPF centralizando o sistema, todos os serviços exigem um CPF regular. Se houver pendências ou irregularidades, a pessoa pode ficar sem acesso a benefícios sociais, serviços de saúde, contratos bancários ou ao Cadastro Único.
Os órgãos públicos têm prazos para adaptação: 12 meses para incluir o CPF como identificador e 24 meses para garantir que os cadastros conversem entre si. Portanto, a mudança ainda passa por ajustes.
Segurança e riscos da centralização de dados
Embora a centralização traga vantagens, ela também pede reforço na proteção digital para evitar fraudes e vazamentos. Especialistas alertam que, embora mais seguro que o modelo antigo, o novo sistema exige investimentos constantes em cibersegurança. Outro ponto importante é a regularização de milhões de CPFs irregulares, causada por declarações fiscais inconsistentes ou cadastros desatualizados.
Manter o CPF regular será indispensável para garantir acesso pleno a todos os serviços.
Como isso afeta o dia a dia
Na prática, a vida ficará mais simples: será possível abrir conta em banco, receber benefícios, acessar o SUS, assinar contratos ou emitir certidões apenas com o CPF. A CIN funcionará como identidade oficial, válida em todo o país, e o fim do RG resolve problemas antigos de documentos duplicados entre estados.
O fato de o CPF ser agora o documento único no Brasil representa uma grande mudança nos registros civis e no combate às fraudes. Apesar dos benefícios, é preciso ficar atento às atualizações cadastrais e à regularização do CPF para não ter problemas.